1 Fluxo de Atividades Editoriais
1 Fluxo de Atividades Editoriais
O processo editorial na Embrapa é uma sequência de atividades profissionais especializadas e organizadas que tem por objetivo produzir obras de qualidade que sintetizem as informações técnicas e/ou científicas a fim de que sejam divulgadas aos públicos-alvo e à sociedade em geral.
O processo editorial envolve a concepção de uma obra, o planejamento de seu conteúdo e a sua aprovação por órgão colegiado, a editoração, a impressão (ou, no caso de obra digital, a preparação do arquivo final) e a distribuição da obra.
A seguir, é apresentada a descrição das principais fases do processo de atividades editoriais, correspondendo à prática que melhor atende ao bom desenvolvimento do processo na Embrapa.
Fase decisória (fase A) — Nessa fase, estão as etapas decisórias sobre a elaboração de uma obra na Unidade Responsável pelo Conteúdo, seja Unidade Descentralizada (UD) ou Central (UC).
Fase de editoração (fase B) — Nessa fase, estão as etapas relativas ao tratamento editorial propriamente dito, que envolve atividades profissionais especializadas e organizadas desde a preparação de originais e revisão de forma e conteúdo até a conclusão da diagramação da obra.
Fase de produção gráfica (fase C) — Nessa fase (apenas para material a ser impresso), estão as etapas de produção gráfica da obra.
Fase de distribuição (fase D) — Nessa fase, estão as etapas de registro e distribuição da obra.
Cada fase do processo editorial é dividida em etapas. A descrição de cada etapa do processo é apresentada nas seções a seguir, juntamente com o fluxograma específico de cada fase.
Observe-se que, eventualmente, etapas adicionais podem ser acrescentadas (por exemplo, no caso de obra bilíngue, deve ser acrescentado o trabalho de tradutores e revisores de tradução), mas o fluxo geral a ser seguido é basicamente este aqui apresentado.
1.1 Fase decisória
As principais etapas editoriais referentes à fase decisória (fase A) sobre a elaboração de uma obra, incluindo-se as de formalização de contratos de direitos autorais, são descritas a seguir e sintetizadas no fluxograma apresentado a Figura 1.1. Esta fase é desenvolvida predominantemente no âmbito da Unidade Responsável pelo Conteúdo pela obra.

Figura 1.1. Fluxo das etapas do processo de produção editorial referentes à fase decisória (fase A) na Unidade Responsável pelo Conteúdo, com os profissionais (atores) responsáveis por cada etapa.
Etapa 1: Metas da Agenda de Prioridades — A chefia-geral da UD (em consulta a suas chefias-adjuntas) ou o chefe da UC negocia com a Diretoria-Executiva as metas de publicações a serem produzidas por sua Unidade com base na identificação da demanda e na disponibilidade de informações. As metas de publicações são incluídas na Agenda de Prioridades da Unidade no Sistema Integrado de Gestão de Desempenho (Integro).
Etapa 2: Programa de publicações da Unidade — As chefias-adjuntas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e de Transferência de Tecnologia (TT) da UD ou a chefia da UC define(m) o Programa de Publicações Técnico-Científicas da Unidade para o ano em questão com base nos compromissos assumidos na Agenda de Prioridades no Integro.
Etapa 3: Agenda do empregado — As chefias-adjuntas de P&D e de TT da UD ou a chefia da UC negocia(m) com os autores as metas, os temas e os prazos relativos às publicações, a serem cumpridos por eles como contribuição ao cumprimento das metas da Agenda de Prioridades da Unidade no Integro. As metas e os prazos são incluídos nas respectivas Agendas de Empregados no Integro.
Etapa 4: Geração dos originais — O(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) organiza(m) as informações obtidas de suas pesquisas experimentais, revisões bibliográficas, estudos, observações ou outras formas de apreensão do conhecimento; define(m) para qual público as informações devem ser prioritariamente dirigidas e, a partir disso, estabelecem o produto e a linha editorial em que estará enquadrado (ver seção 2 e seção 3, respectivamente); e elaboram os textos (arquivo em extensão “.doc”) e as tabelas, as figuras e demais partes necessárias. Este material deve seguir as próximas etapas do processo editorial apenas quando estiver em versão final e completa (ou seja, com o texto totalmente redigido e acompanhado de todas as tabelas e figuras necessárias), sendo, a partir daí, nomeado de “originais”.
Etapa 5: Avaliação dos originais — O Comitê Local de Publicações (CLP), no caso de UDs, ou o Comitê de Publicações da Sede (CPS), no caso de UCs, deve: receber os originais completos e proceder à avaliação do conteúdo, solicitando do(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) ajustes que julgarem pertinentes à melhoria do conteúdo da obra e à sua adequação aos produtos e linhas editoriais da Embrapa (ver seção 2 e seção 3, respectivamente); conferir e avaliar se todas as normas de padronização e estilo deste Manual estão sendo seguidas; propor e negociar, em conformidade com a avaliação da chefia-adjunta de TT da UD ou da chefia da UC, o formato final da obra (se digital ou impressa e, neste último caso, o número de exemplares).
Caso aprove os originais sem ajustes, o CLP ou CPS emite um parecer final de aprovação, e a obra segue para a etapa 9. Caso contrário, emite um parecer com recomendações de ajustes, e os originais devem passar pelas etapas 6 e 7. Simultaneamente, o CLP ou CPS consulta o Comitê Local de Propriedade Intelectual (CLPI) sobre a possibilidade de haver ou não eventual restrição à divulgação da obra proposta. O CLP ou CPS pode ainda rejeitar totalmente o trabalho.
Etapa 6: Ajustes e adequação — De posse do parecer com recomendações do CLP ou CPS, o(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) procede(m) aos ajustes solicitados e, em seguida, devolve(m) o trabalho ao CLP ou CPS para reavaliação.
Etapa 7: Avaliação final dos originais — O CLP ou CPS verifica os originais corrigidos e, se de acordo, emite um parecer final de aprovação, que é entregue para a chefia da Unidade, juntamente com os originais para editoração, com cópia para o editor técnico ou o autor correspondente, para ciência.
Atenção
O editor técnico correspondente (no caso de obra coletiva) ou autor correspondente (no caso de obra em coautoria) é aquele que, de comum acordo com seus pares, se apresenta como o interlocutor que responde, em nome de todos, pela comunicação com os demais atores do processo de produção editorial, visando agilizar as respostas a demandas durante a tramitação da obra. No caso de obra individual, o autor principal é necessariamente o autor correspondente.
Entretanto, observe-se que se espera participação de todos os autores e editores técnicos (não apenas os correspondentes) nas etapas que envolvam cadastramento de autores (etapa 9), assinatura de termos de direitos autorais (etapa 11) e alterações no conteúdo da obra (etapas 4, 6 e 20).
Etapa 8: Entrega dos originais aprovados — Os originais aprovados, acompanhados do parecer de aprovação final do CLP ou CPS, deverão ser encaminhados, pelo chefe-geral da UD ou chefe da UC, para que as atividades de editoração tenham início (etapa 13).
Etapa 9: Cadastro do(s) autor(es) — O(s) autor(res) principal e/ou secundário preenchem uma ficha cadastral (a ser entregue ao empregado responsável pelos contratos) com informações pessoais que subsidiarão a formalização do(s) contrato(s) de direitos autorais (etapa 13) e o preenchimento de cadastros e/ou registros no Sistema de Cadastro de Pessoa Física (SIPF) e/ou no Sistema de Gestão Integrada da Embrapa (SAP ERP). No caso de obras coletivas, cabe ao(s) editor(es) técnico(s) auxiliar o responsável pelos contratos a obter as fichas cadastrais preenchidas de todos os autores.
Etapa 10: Elaboração do(s) contrato(s) — Paralelamente ao início das atividades de editoração, o empregado responsável pelos contratos deve elaborar o(s) termo(s) de cessão e/ou reconhecimento de direitos autorais apenas depois: a) do recebimento das informações definitivas (sobre título da obra e lista de autores) do editor executivo (etapa 13); b) do pré-cadastramento do(s) termo(s) no Sistema Administrativo de Informações Contratuais (Saic), cuja numeração deve constar nos termos de direitos autorais a serem assinados; e c) da definição pelo(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) do percentual de direito autoral a ser rateado entre eles, caso a obra venha a ser comercializada.
Atenção
- Os termos a serem formalizados devem estar de acordo com as versões mais recentes das minutas-padrão pré-aprovadas pela área jurídica da Embrapa (Embrapa, 2022c). Quaisquer mudanças nos textos padronizados constantes dessas minutas precisam passar por consulta prévia à área jurídica da Embrapa (sede).
- Para a elaboração do termo e seu pré-cadastramento no Saic, o autor (pessoa física) deve estar cadastrado no Sistema de Cadastro de Pessoa Física (SIPF). Como todos os empregados da Embrapa já são cadastrados no SIPF, apenas os autores que não são empregados da Embrapa precisam ser cadastrados manualmente.
O Parecer AJU nº 32.234/2009, de 20/7/2009 (Embrapa, 2009), dispensa do registro no Cartório de Títulos e Documentos os termos de cessão e/ou de reconhecimento de direitos patrimoniais, na medida em que, por ser parte da Administração Pública Indireta, a Embrapa está vinculada aos princípios administrativos da publicidade, formalidade, guarda e conservação dos contratos por ela praticados, o que supre a finalidade do registro cartorial.
Etapa 11: Assinatura(s) — Em seguida, o(s) termo(s) de direitos autorais é(são) disponibilizado(s) em processo no Sistema Eletrônico de Informação (SEI) da Embrapa e é liberada a credencial de assinatura para os autores assinarem. No caso de obras coletivas, cabe ao(s) editor(es) técnico(s) auxiliar o responsável pelos contratos a comunicar aos autores principais e secundários que devem assinar o termo.
- No caso de autor externo à Embrapa, é necessário realizar o cadastro como usuário no SEI da Embrapa. Com o cadastro realizado e o acesso liberado, o autor estará apto a assinar o contrato eletronicamente no próprio SEI (etapa 11).
- No momento em que a credencial de assinatura é liberada, o sistema SEI envia automaticamente um e-mail com o link para os autores externos acessarem e assinarem o contrato.
Atenção
Enquanto esse(s) termo(s) não for(em) assinado(s) por todos os autores envolvidos, a obra não poderá ser publicada.
Etapa 12: Publicação no DOU — O empregado responsável pelos contratos elabora um extrato do contrato assinado e o encaminha para publicação no Diário Oficial da União (DOU), mantendo o editor executivo em cópia para ciência (etapa 40). Depois da publicação do extrato, o responsável pelos contratos obtém o arquivo (PDF) com a página da publicação no DOU e anexa-a ao processo SEI da respectiva obra.
1.2 Fase de editoração
As principais etapas editoriais referentes à fase de editoração (fase B) são descritas a seguir e sintetizadas no fluxograma apresentado a Figura 1.2. Esta fase é desenvolvida predominantemente no âmbito da Unidade Responsável pela Editoração da obra.

Figura 1.2. Fluxo das etapas do processo de produção editorial referentes à fase de editoração (fase B), com os profissionais (atores) responsáveis por cada etapa.
Etapa 13: Recebimento dos originais e verificação — O editor executivo verifica se os originais entregues estão completos e se todas as recomendações para entrega de originais foram cumpridas. Caso seja necessário ajustar o título da obra e a lista de autores, o editor executivo, junto com o autor ou editor técnico correspondente, estabelece as versões definitivas para fins de elaboração dos termos de direitos autorais.
Se necessário, o editor executivo solicita ao autor ou editor técnico correspondente os elementos ou informações que estejam faltando ou que impeçam o início do processo de editoração. O autor ou editor técnico correspondente atende às solicitações e responde aos questionamentos do editor executivo. Concluída essa etapa, o editor executivo autoriza o início do processo de editoração (etapas 14 a 16) e comunica as informações pertinentes ao empregado responsável pelos contratos para que providencie os termos (etapa 10).
Atenção
O estabelecimento do título definitivo da obra e da lista de autores final pode ser protelado até a etapa 25 (que antecede o início da diagramação). Nesse caso, a etapa 10 será também protelada.
Etapa 14: Revisão de texto — O revisor de texto recebe o arquivo de texto (extensão “.doc”) e corrige os erros gramaticais, sintáticos e gráficos. Se necessário, o texto pode passar por copidesque (processo no qual o texto é refeito ou melhorado, sofrendo alterações pertinentes na estrutura textual e na adequação vocabular, imprimindo-se, assim, clareza e concisão ao discurso).
Etapa 15: Revisão das referências e citações — O bibliotecário recebe o arquivo (extensão “.doc”) e normaliza as referências e citações bibliográficas de acordo com as normas vigentes de referências e citações deste Manual (ver seção 36).
Etapa 16: Avaliação das figuras — O diagramador seleciona e avalia as figuras (gráficos, desenhos, fotografias, etc.) para posterior tratamento e uso na diagramação da obra (etapa 26).
A ordem das etapas 14 e 15 pode ser alterada dependendo da disponibilidade do revisor de texto ou do bibliotecário. O importante é que o arquivo de texto (extensão “.doc”) gerado em uma dessas etapas seja o mesmo a ser utilizado na outra etapa de revisão. A etapa 16 pode ser iniciada paralelamente às etapas 14 e 15.
Etapa 17: Proposta de projeto gráfico — No caso de títulos avulsos, o designer gráfico idealiza a proposta de projeto gráfico para a obra com base nas informações fornecidas pelo editor executivo.
De posse do projeto gráfico pré-aprovado pelo editor executivo, o designer elabora a "boneca", ou seja, o modelo da obra (capas e páginas com exemplos dos elementos de diagramação, incluindo folhas em branco) para dar a ideia do aspecto da obra (como: tipologia da fonte, cores, formato, dimensões, gramatura e tipo de papel do miolo e da capa). Nesse modelo, o número de páginas ainda não está definido.
Nos casos de séries e coleções Embrapa, cujo projeto gráfico é predefinido, a etapa 17 é desnecessária, pois deve ser seguido o projeto gráfico preestabelecido, sem que haja necessidade de elaborar uma boneca como proposta.
Etapa 18: Avaliação do uso de marcas — Após a elaboração do projeto gráfico, o guardião da marca Embrapa confere e orienta a aplicação vigente das marcas institucionais, conforme as normas estabelecidas no Manual da marca Embrapa (Embrapa, 2019).
Etapa 19: Envio para validação — O editor executivo reúne os arquivos de texto (revisados nas etapas 14 e 15) e a proposta de projeto gráfico (etapa 17) e os envia para o autor ou editor técnico correspondente.
Para validação da etapa 14, envia-se (via e-mail ou serviço de armazenamento em nuvem) o arquivo de texto (convertido para extensão “.pdf”) com marcas de revisão aparentes.
Para validação da etapa 15, envia-se um relatório sobre a normalização de referências e citações, no qual constará a relação dos dados com problema (por estarem faltando ou incompletos).
Para validação da etapa 17, envia-se o modelo do projeto gráfico (arquivo convertido para extensão “.pdf”). Em caso de projetos gráficos predefinidos (séries e coleções Embrapa), o modelo não será enviado para avaliação.
Etapa 20: Validação das etapas 14, 15 e 17 — O autor ou editor técnico correspondente recebe os arquivos e os compartilha com os demais autores e editores técnicos, que devem responder às dúvidas do revisor de texto (etapa 14), informar os dados faltantes indicados pelo bibliotecário (etapa 15) e analisar a coerência do projeto gráfico proposto e eventualmente sugerir alterações que contribuam à sua melhoria (etapa 17).
Para indicar esses ajustes nos arquivos produzidos nas etapas 14, 15 e 17, o(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) deve(m) abrir um arquivo de texto novo em que descreve(m), com clareza e indicação detalhada, as mudanças solicitadas e preste(m) as informações solicitadas.
Caso não haja nenhuma dúvida pendente (das etapas 14, 15 e 17) nem ajustes a serem solicitados, o autor ou editor técnico correspondente deve comunicar sua aprovação da obra por escrito (via e-mail ao editor executivo da obra), e a tramitação segue direto para a etapa 25.
A etapa 20 é o último momento em que o(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) ainda pode(m) incluir ou excluir partes do texto, substituir fotografias, figuras e tabelas ou fazer qualquer tipo de modificação pontual, mas não deve(m) submeter texto totalmente novo, visto que o CLP ou CPS emitiu parecer sobre o texto inicial e que a revisão dos originais já está avançada.
Etapa 21: Encaminhamento das validações — O editor executivo reúne e verifica as solicitações de ajuste indicadas pelos autores ou editores técnicos e as distribui para os respectivos profissionais fazerem as inclusões (etapas de 22 a 24).
Etapa 22: Inclusão das emendas da revisão de texto — O revisor de texto efetua os ajustes no arquivo de texto (extensão “.doc”) e envia o mesmo arquivo para o bibliotecário.
Etapa 23: Inclusão das emendas de referências e citações — O bibliotecário faz os ajustes no arquivo de texto (extensão “.doc”), incorporando os dados informados pelo(s) autor(es) e/ou editor(es) técnico(s) nas citações ou nas referências, eliminando todas as marcas de revisão, gerando, assim, um arquivo de texto (extensão “.doc”) limpo, que será a base para a diagramação (etapa 26).
Etapa 24: Inclusão dos ajustes no projeto gráfico — No caso de títulos avulsos, o designer gráfico promove os ajustes na proposta inicial de projeto gráfico, chegando a sua versão final.
A ordem das etapas 22 e 23 pode ser alterada dependendo da disponibilidade do revisor de texto ou do bibliotecário. O importante é que o arquivo de texto (extensão “.doc”) gerado em uma dessas etapas seja o mesmo a ser utilizado na outra etapa de inclusão de emendas. A etapa 24 pode ser iniciada paralelamente às etapas 22 e 23.
Etapa 25: Verificação das emendas — O editor executivo verifica se todas as emendas, correções e ajustes foram inseridos (etapas de 22 a 24), solicita do autor ou editor técnico correspondente sua aprovação explícita por escrito (e-mail) para que a tramitação da obra possa seguir e remete os arquivos (de texto e figuras) para a diagramação.
Etapa 26: Diagramação — Todos os arquivos de texto limpos e de imagens são transcodificados pelo diagramador para um único arquivo em programa apropriado para diagramação. Nesta etapa, as imagens são tratadas para correção das imperfeições e ajuste aos padrões estabelecidos no projeto gráfico. Finalizada esta etapa, é gerada uma cópia (impressa ou em arquivo convertido para extensão “.pdf”) da primeira versão completa da obra diagramada para subsidiar as etapas de 28 a 32 (revisão de diagramação).
Para obras que serão impressas ou digitais em PDF, a diagramação é toda feita em um mesmo programa de diagramação, no qual, entre outros recursos, se aplicam estilos, que agilizam o trabalho.
Para obras digitais em ePub, é feito um processo de pré-diagramação em um programa de diagramação e, em seguida, o arquivo é exportado para um programa específico de diagramação que atenda às especificidades do leiaute fluido do formato ePub.
Etapa 27: Encaminhamento para revisão de diagramação — O editor executivo recebe o arquivo diagramado (impresso ou em PDF) e distribui para os respectivos profissionais fazerem a revisão (etapas de 28 a 31).
Etapa 28: Revisão da diagramação de texto — O revisor de texto confere minuciosamente a primeira versão completa da obra diagramada, confrontando-a com a versão final limpa do arquivo de texto (extensão “.doc”), para detectar erros tipográficos e falhas da diagramação. Confere também: posicionamento de figuras e tabelas; ordenação desses elementos conforme a chamada no texto; legendas e títulos de figuras; títulos e conteúdo de tabelas; elementos do sumário de acordo com a paginação; sequência lógica dos parágrafos e das notas de rodapé.
No caso de obras que serão impressas ou publicadas em PDF, o revisor anota (no próprio arquivo em PDF ou em um novo arquivo de texto) os ajustes (emendas) ainda necessários, a serem inseridos pelo diagramador (etapa 33).
No caso de obras publicadas em ePub, a revisão de diagramação é feita pelo próprio revisor de texto no programa Sigil (no código HTML).
Etapa 29: Revisão da diagramação de referências e citações — O bibliotecário procede à revisão das citações e das referências na primeira versão completa da obra diagramada, confrontando-a com a versão final limpa do arquivo de texto (extensão “.doc”). Caso ainda haja ajustes (emendas) necessários, o bibliotecário deve anotá-los (no próprio arquivo em PDF ou em um novo arquivo de texto); eles serão inseridos pelo diagramador (etapa 33).
A ordem das etapas 28 e 29 pode ser alterada dependendo da disponibilidade do revisor de texto ou do bibliotecário.
Etapa 30: Revisão da diagramação do projeto gráfico — O designer gráfico verifica se o projeto gráfico foi executado corretamente na primeira versão completa da obra diagramada. Confere também os tamanhos das figuras em relação à sua proporcionalidade nos originais, e se elas correspondem à numeração indicada nos originais. Caso ainda haja ajustes (emendas) necessários, o designer gráfico deve anotá-los (no próprio arquivo em PDF ou em um novo arquivo de texto); eles serão inseridos pelo diagramador (etapa 33).
Etapa 31: Revisão da aplicação de marcas — O guardião da marca Embrapa faz a revisão final da aplicação das marcas institucionais, conforme as normas vigentes e estabelecidas no Manual da marca Embrapa (Embrapa, 2019). Caso ainda haja ajustes (emendas), o guardião deve anotá-los (no próprio arquivo em PDF ou em um novo arquivo de texto); eles serão inseridos pelo diagramador (etapa 33).
Etapa 32: Revisão do tratamento editorial — O editor executivo reúne os apontamentos de emendas pendentes (etapas 28 a 31) e revisa todos os elementos que compõem as capas e as páginas pré-textuais e pós-textuais na primeira versão completa da obra diagramada. São também revisados e conferidos a paginação, o sumário, a padronização editorial do texto e a posição das tabelas e figuras. Caso ainda haja ajustes (emendas) necessários, o editor executivo deve anotá-los (no próprio arquivo em PDF ou em um novo arquivo de texto); eles serão inseridos pelo diagramador (etapa 33).
Etapa 33: Correção da versão diagramada — O diagramador executa as emendas encaminhadas pelo editor executivo na etapa 32 e gera uma cópia do arquivo em extensão “.pdf”.
Etapa 34: Encaminhamento para revisões — O editor executivo recebe o arquivo diagramado (extensão “.pdf”) ajustado e distribui para última revisão de texto.
Etapa 35: Revisão das emendas de texto — O revisor de texto faz a leitura minuciosa, verificando se todas as emendas requeridas na etapa 28 foram executadas corretamente e se o texto está completo e ordenado em sequência lógica. Repete-se esta etapa até que todas as emendas tenham sido feitas.
Etapa 36: Revisão editorial final — O editor executivo faz uma última leitura detalhada, revendo tudo o que já foi visto pelos demais profissionais nas etapas anteriores, e todos os detalhes (da primeira à quarta capa) são checados minuciosamente.
Etapa 37: Correções da revisão editorial — O diagramador faz as correções indicadas durante a revisão editorial final (etapa 36) e encaminha o novo arquivo corrigido ao editor executivo.
Etapa 38: Encaminhamento para aprovação final — O editor executivo remete uma cópia digital da última versão diagramada completa da obra (capas e miolo) em extensão “.pdf” para aprovação final.
Etapa 39: Aprovação final — O autor ou editor técnico correspondente recebe o arquivo diagramado (extensão “.pdf”) final. Nesta etapa, ele não poderá mais fazer alterações que impliquem mudança da paginação, limitando-se tão-somente a fazer pequenas correções que forem imprescindíveis. O autor ou editor técnico correspondente deve encaminhar, via chefia da Unidade, a aprovação, por escrito, do resultado final endereçada ao editor executivo, autorizando a impressão ou publicação digital da obra.
Etapa 40: Solicitação do ISBN ou informação do ISSN — Com a aprovação final do autor ou editor técnico correspondente (etapa 39), com todos os termos de direitos autorais assinados (remetidos pela Unidade Responsável pelo Conteúdo) (etapa 12) e verificando estar tudo em ordem, o editor executivo solicita, no caso de obra que receba o Número Padrão Internacional de Livro (ISBN), o ISBN à Supervisão de Gestão Editorial (SGED), vinculada à Superintendência de Comunicação (Sucom) — responsável atualmente pela gestão editorial na Embrapa —, e informa o número ao bibliotecário. No caso de obra que receba o Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (ISSN), o editor executivo informa o ISSN e o número sequencial do título da série ao bibliotecário.
Desde 2012, todas as obras da Embrapa identificadas com ISBN passaram a ter um mesmo prefixo editorial Embrapa, e o número de ISBN passou a ser solicitado à Agência Brasileira do ISBN exclusivamente pela SGED/Sucom, que atende às demandas editoriais das demais Unidades da Embrapa.
Etapa 41: Elaboração da ficha catalográfica — Com todas as informações necessárias da obra em mãos, o bibliotecário elabora a ficha catalográfica, antes do fechamento do arquivo final, e encaminha para o editor executivo.
Etapa 42: Inserção da ficha catalográfica — O diagramador aplica, no arquivo diagramado, a ficha catalográfica encaminhada pelo editor executivo. Neste momento, o diagramador aplica também o código de barras do ISBN na quarta capa (para o caso de obras que o recebam) ou o número sequencial do título e o ISSN da série (para o caso de obras seriadas), conforme informados pelo editor executivo.
Etapa 43: Encaminhamento para registro – O editor executivo verifica o conteúdo do arquivo diagramado depois de o bibliotecário revisar a ficha catalográfica. Estando tudo em ordem, o editor executivo encaminha o arquivo para o devido registro da obra no SAP ERP.
Etapa 44: Cadastro da obra no SAP ERP — O responsável pelo cadastro no SAP ERP faz o registro da obra como um Produto Embrapa e informa o número ao editor executivo, que encaminha a informação ao diagramador, para que seja inserido na obra.
Etapa 45: Fechamento do arquivo — O diagramador aplica o número do Produto Embrapa no arquivo final diagramado da obra (no campo Cadastro Geral de Publicações da Embrapa — CGPE), fecha o arquivo e encaminha-o para o editor executivo.
Etapa 46: Encaminhamento do arquivo fechado — No caso de obra que será impressa, o editor executivo encaminha o arquivo fechado para a produção gráfica (fase C). No caso de obra digital, publicada tanto em PDF quanto em ePub, o arquivo fechado já é o produto final. Neste caso, o editor executivo encaminha o arquivo fechado para a fase de distribuição (fase D).
1.3 Fase de produção gráfica
As principais etapas editoriais referentes à fase de produção gráfica (fase C) são descritas a seguir e sintetizadas no fluxograma apresentado a Figura 1.3. Esta fase é desenvolvida em uma gráfica fora da Embrapa. Embora as etapas, as nomenclaturas e os profissionais envolvidos no processo possam variar de gráfica para gráfica, entende-se que as etapas básicas de uma gráfica profissional são as que seguem.

Figura 1.3. Fluxo das etapas do processo de produção editorial referentes à fase de produção gráfica (fase C), com os profissionais (atores) responsáveis por cada etapa.
Etapa 47: Recebimento do arquivo para impressão — O produtor gráfico recebe o arquivo fechado contendo a obra diagramada e verifica se está corrompido ou com falhas técnicas. Se sim, deve entrar em contato com o editor executivo para solicitar novo arquivo. Se não, deve dar andamento à produção gráfica, supervisionando e acompanhando todas as suas etapas.
Etapa 48: Gravação das chapas — O arquivo fechado é usado pelo técnico em fotomecânica para a gravação das chapas destinadas à impressão ofsete. Cada página do arquivo vai gerar a montagem dos cadernos (esquema de páginas, cuja quantidade depende do formato da obra) por meio de programa específico.
Etapa 49: Impressão — O impressor coloca a chapa gravada na máquina impressora, que imprime a obra em folhas de papel.
Etapa 50: Acabamento — O profissional de acabamento realiza o processo final da produção gráfica, que consiste na dobra, intercalação de cadernos, capeação, refile e outros procedimentos, a depender do tipo de encadernação estabelecido no contrato de prestação de serviço. Ao término da produção, a gráfica informa à Unidade Responsável pelo Conteúdo que os exemplares estão prontos.
1.4 Fase de distribuição
As principais etapas editoriais referentes à fase de distribuição (fase D) são descritas a seguir e sintetizadas no fluxograma apresentado a Figura 1.4. Esta fase é desenvolvida predominantemente no âmbito da Unidade Responsável pelo Conteúdo da obra.

Figura 1.4. Fluxo das etapas do processo de produção editorial referentes à fase de distribuição (fase D), com os profissionais (atores) responsáveis por cada etapa.
Etapa 51: Recebimento da obra — A chefia da Unidade Responsável pelo Conteúdo recebe a informação de que a obra está pronta (etapa 46, no caso de obra digital, ou etapa 50, no caso de obra impressa) e autoriza as demais etapas a seguir. No caso de obra impressa, providencia o seu recebimento da gráfica.
Etapa 52: Registro no Ainfo — Concluída a produção da obra (seja em meio digital ou impresso), o responsável pelo cadastro no Ainfo da Unidade Responsável pelo Conteúdo providencia o registro dela no Sistema de Gestão do Acervo Documental e Digital da Embrapa (Ainfo) e, dessa forma, sua disponibilização no respectivo repositório da Embrapa (Alice ou Infoteca-e).
Etapa 53: Envio da obra — Uma vez que a obra esteja registrada em todas as instâncias exigidas, cabe à chefia da Unidade Responsável pelo Conteúdo providenciar seu envio para os seguintes destinatários: a) dois exemplares (no caso de obra impressa) para cada Unidade da Embrapa, sendo um para a biblioteca e outro para a área de negócios [conforme Resolução Normativa nº 14 (Embrapa, 2001)]; b) um exemplar da obra impressa ou o arquivo da obra digital à Biblioteca Nacional [conforme Lei nº 10.753 (Brasil, 2004)]; c) exemplares da obra impressa ou o arquivo da obra digital para os autores [conforme Resolução Normativa nº 14 (Embrapa, 2001)].
Etapa 54: Divulgação e/ou comercialização — Cabe ainda à chefia da Unidade Responsável pelo Conteúdo o encaminhamento de informações para a área de comunicação da Unidade Responsável pelo Conteúdo e/ou da Embrapa (sede) para a divulgação da obra e, no caso de obra para venda, a negociação e o encaminhamento da obra para o setor de Exploração Comercial de Ativos (vinculado à Secretaria de Inovação e Negócios) para sua comercialização.
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