26 Tabela

Nas publicações da Embrapa, Tabela é a denominação utilizada para identificar tanto tabelas com dados numéricos (Tabela 26.1) quanto quadros com informações textuais (Tabela 26.2). As tabelas devem ser numeradas em ordem sequencial, tituladas, chamadas e dispostas no corpo do texto.

Na tabela, as informações (numéricas ou textuais) devem ser dispostas, de forma clara e autoexplicativa, para facilitar a compreensão dos conteúdos nela sintetizados e para que não seja necessário recorrer ao texto para entendê-las.

Atenção

Tabelas devem ter todo seu conteúdo textual e numérico no idioma da obra em edição. Portanto, mesmo aquelas publicadas anteriormente em outro idioma devem ser traduzidas e reelaboradas, pelos autores da obra, no próprio arquivo de texto (usando as ferramentas para inserir tabelas no processador de texto) para que possam ser utilizadas na obra. Não serão aceitas tabelas submetidas em formato não editável (por exemplo, como imagem).

Números em tabelas

  • Sempre que números usados em tabelas estiverem dentro de uma frase (seja no título, seja no corpo, seja nas notas da tabela), eles devem ser grafados seguindo as regras válidas para o corpo do texto (ver seção 23). Para as demais situações, a grafia de números (inteiros, decimais, fracionários, etc., tanto positivos quanto negativos) deverá ser em algarismos arábicos.
  • Em português, o ponto é usado para separar milhar e a vírgula é usada para separar a parte inteira da parte decimal dos números. Em inglês, a vírgula é usada para separar milhar e o ponto para separar a parte decimal. Em publicações em português, não será aceito o padrão de língua inglesa (e vice-versa).

Tabela 26.1. Comparativo entre a área colhida, produção e produtividade de cinco cultivares de uma espécie vegetal hipotética cultivadas por um produtor hipotético.

Tabela 26.2. Nome científico e período crítico ao estresse hídrico de diferentes hortaliças.

26.1 Elementos da tabela

Uma tabela é constituída por quatro elementos principais (Figura 26.1).

Topo — Espaço acima do cabeçalho da tabela destinado à sua identificação numérica e ao seu título.

Cabeçalho — Espaço acima do corpo da tabela destinado à identificação do conteúdo das colunas.

Corpo — Espaço formado por colunas, linhas e células, incluindo a coluna indicadora (primeira coluna da tabela, que reúne os indicadores do conteúdo de cada linha) e os dados numéricos e/ou conteúdos textuais relativos às demais colunas.

Rodapé — Espaço abaixo do corpo da tabela destinado a diferentes tipos de notas, incluindo nota numerada e de fonte bibliográfica.

Enquanto topo, cabeçalho e corpo são partes essenciais (isto é, devem constar em todas as tabelas), rodapé é parte complementar.

Figura 26.1. Modelo esquemático de uma tabela ilustrando sua estrutura básica, com seus diferentes elementos.

  • Tabelas devem ter, pelo menos, duas linhas no seu corpo e, prioritariamente, pelo menos três colunas. Tabelas com duas colunas devem ser evitadas, pois as informações contidas nelas podem, em geral, ser apresentadas no corpo do texto da obra.
  • Não existe tabela com uma coluna e/ou uma linha em seu corpo.

26.1.1 Título e numeração

O título da tabela deve conter informações que orientem e ajudem o leitor a interpretar o conteúdo da tabela, tornando-a autoexplicativa — porém, deve ser breve e objetivo.

Siglas devem ser grafadas por extenso (seja no título ou em nota de rodapé da tabela), mesmo que já tenham sido informadas no corpo do texto da obra. Nomes científicos também devem ser apresentados na forma não abreviada.

O título deve ser grafado em fonte regular (com o mesmo tamanho utilizado no texto ou até 2 pontos menor, sem negrito nem itálico) em minúsculas (à exceção da letra inicial da primeira palavra) e finalizado por ponto-final. Deve ser precedido da palavra "Tabela" (sempre com inicial maiúscula), seguida do seu respectivo número (em algarismo arábico) e de ponto, tudo em negrito (Tabelas 26.1 e 26.2). Os títulos de todas as tabelas de uma mesma obra devem ter o mesmo tamanho de fonte.

Atenção

Não se deve usar zero (“0”) à esquerda do número da tabela.

O título da tabela, incluindo sua numeração, deve estar posicionado no topo da tabela e não deve ultrapassar sua largura (Tabelas 26.1 e 26.2). O texto é geralmente justificado, podendo ainda ser alinhado à esquerda.

A numeração de tabelas deve ser feita de modo sequencial crescente, dependendo do tipo e característica da obra:

  • Numeração com um único número — Aplica-se a obras não divididas em capítulos (tipicamente obras de autoria individual, obras elaboradas em coautoria ou obras corporativas) e deve ser contínua até o último elemento textual. Por exemplo, “Tabela 20.” — significa a vigésima tabela da obra.
  • Numeração com dois números — Aplica-se a duas situações:
    • Obras divididas em capítulos (tipicamente obras coletivas).
    • Obras que adotam numeração progressiva de seções.

      A numeração com dois números deve ser subordinada à numeração do capítulo ou seção primária e deve ser reiniciada a cada novo capítulo ou seção primária. Utilizam-se dois números: o primeiro indica o número do capítulo/seção primária e o segundo, o número de ordem da tabela no respectivo capítulo/seção. Os números devem ser separados entre si por ponto, sem espaço. Por exemplo, “Tabela 5.10.” — significa a décima tabela do quinto capítulo ou seção primária da obra; e “Tabela 7.1.” — significa a primeira tabela do sétimo capítulo ou seção primária da obra.

Para numeração de tabelas em apêndice e anexo, consultar a seção 6.2.4.2 e seção 6.2.4.3, respectivamente.

26.1.2 Cabeçalho

No cabeçalho, devem constar os nomes das variáveis ou identificadores do conteúdo das colunas, que devem ser grafados por extenso, no singular (usar plural apenas quando não for possível singularizar) e somente com a primeira palavra com inicial maiúscula (Tabelas 26.1 e 26.2). Se, por limitação de espaço ou inviabilidade técnica, não for possível escrever por extenso, deve-se explicar o significado das abreviaturas, siglas e/ou notações no título da tabela (Tabela 26.3) ou em nota de rodapé da tabela (ver seção 26.1.4).

Tabela 26.3. Concentração média de nitrogênio (N), potássio (K) e fósforo (P) em folhas de uma cultura hipotética, de acordo com a tensão de água no solo no momento da irrigação.

No caso de colunas com valores de grandeza (números com unidades de medida), deve-se inserir, no cabeçalho, entre parênteses, o símbolo (e não o nome) da unidade (conforme orientações da seção 24) após ou abaixo do nome da variável ou identificador do conteúdo de colunas (Tabelas 26.1 e 26.3), pois, em regra, não se deve grafar o símbolo da unidade junto dos números nas células do corpo da tabela.

Se, em tabelas específicas, não houver possibilidade de identificar a unidade de medida no cabeçalho, seu símbolo pode ser indicado, entre parênteses e após o nome da variável, no título da tabela (Tabela 26.4).

  • Todos os elementos do cabeçalho devem ser grafados em negrito e, em regra, no mesmo tamanho ou 1 ponto menor do que a fonte utilizada no título da tabela.
  • Para o alinhamento dos indicadores de colunas, consultar a seção 26.2.2.

Tabela 26.4. Evolução da produtividade média (t/ha) de uma cultura hipotética no Brasil e em suas diferentes regiões, nos últimos 20 anos.

26.1.2.1 Exceções na grafia de unidade de medida

Na grafia dos símbolos de unidades em tabelas, as seguintes exceções/situações devem ser consideradas:

Unidade de tempo — Unidades de medida de tempo (“segundo”, “minuto”, “hora” e “dia”) devem ser grafadas sempre por extenso e, quando indicadas entre parênteses junto ao nome da variável, devem estar no singular (Tabela 26.5). Mesmo não sendo unidades de tempo, valores envolvendo semana, mês e ano devem seguir a mesma regra.

Tabela 26.5. Altura e diâmetros de copa e de caule de plantas de uma espécie vegetal hipotética, de acordo com a idade das plantas.

Unidade monetária — Mesmo moeda não sendo unidade de medida, os símbolos de real (R$), dólar (US$) e euro (€) podem ser adotados no cabeçalho (ou no título) para indicar a unidade de variável monetária (para as demais moedas, grafar o nome por extenso). No caso de custo/valor envolvendo uma grandeza física (por exemplo, custo de produção por hectare de uma cultura e valor da tonelada de um produto), admite-se que a divisão de uma unidade monetária por uma unidade de medida seja grafada por seus respectivos símbolos (por exemplo, US$/ha), desde que separados por barra oblíqua e não por expoente negativo (Tabela 26.6).

Tabela 26.6. Indicadores de eficiência econômica para diferentes sistemas de irrigação utilizados na produção de uma espécie vegetal hipotética.

26.1.2.2 Dados a partir da classe dos milhares

Quando a tabela contiver colunas com valores a partir da classe dos milhares, a classe dos números pode ser indicada no cabeçalho, entre parênteses, após a designação do nome da variável, de uma das seguintes formas:

  • Opção 1 – Potência de base 10 (103 para “mil”; 106 para “milhão”; 109 para “bilhão”; 1012 para “trilhão”, etc.).
  • Opção 2 – Por extenso (“mil”; “milhão”; “bilhão”; “trilhão”, etc.), sempre no singular e com inicial em minúscula.

Atenção

Nunca se deve abreviar as formas por extenso das classes.

Exemplos:

“mi” para “milhão” ou “milhões” ERRADO

“bi” para “bilhão” ou “bilhões” ERRADO

Ambas as opções podem ser usadas tanto para acompanhar o símbolo da unidade de medida à qual se referem (nesse caso, a indicação da classe deve estar antes do símbolo e ser dele separada por um espaço) quanto para indicar variável quantitativa (ou seja, sem unidade de medida), conforme Tabelas 26.7 e 26.8. Também podem ser usadas em combinação com unidades monetárias, posicionadas antes do respectivo símbolo (por exemplo “milhão US$”).

Tabela 26.7. Dados do rebanho leiteiro (vacas ordenhadas) e da produção anual (total e média por vaca) de leite de quatro países hipotéticos.

Tabela 26.8. Dados do rebanho leiteiro (vacas ordenhadas) e da produção anual (total e média por vaca) de leite de quatro países hipotéticos.

Atenção

As duas opções acima não podem ser usadas simultaneamente numa mesma tabela (deve haver padronização).

26.1.3 Corpo

A primeira coluna é destinada, em regra, aos indicadores de linha, podendo conter palavras (Tabelas 26.1, 26.2 e 26.6 a 26.8), informações numéricas (Tabelas 26.3 a 26.5), códigos, siglas, etc. As demais colunas são destinadas aos dados numéricos e/ou informações textuais.

No caso de tabelas envolvendo dados numéricos, a variável independente deve ser posicionada, preferencialmente, na primeira coluna e os valores das variáveis dependentes nas demais colunas (Tabela 26.3). Lógica similar deve ser adotada em tabelas com informações textuais (Tabela 26.2).

Na entrada de dados e/ou informações no corpo da tabela, devem-se considerar recomendações específicas para a grafia de dados numéricos, de informações textuais e de datas (ver as seções a seguir). Para alinhamento de dados numéricos e informações textuais no corpo da tabela, consultar a seção 26.2.

Todas as informações no corpo da tabela devem ser grafadas em fonte regular e, em regra, no mesmo tamanho ou ligeiramente menor do que a utilizada no cabeçalho da tabela, respeitando-se o tamanho mínimo de 9 pontos.

26.1.3.1 Dados numéricos

Qualquer que seja sua classificação (inteiro, decimal ou fracionário, positivo ou negativo), os números devem ser grafados em algarismos arábicos (mas, sempre que estiverem dentro de frase, devem ser grafados seguindo as regras válidas para o corpo do texto, conforme seção 23).

Números inteiros — Nunca devem ser antecedidos de zero, nem mesmo aqueles envolvendo datas (dia, mês, etc.).

Números decimais — Por questões relacionadas à padronização e à margem de erro associada à medição e determinação de uma variável, os números decimais (não inteiros) de uma mesma variável (portanto, com uma mesma unidade de medida e apresentados normalmente numa mesma coluna) devem ter a mesma quantidade de casas decimais (ou algarismos) depois da vírgula, mesmo que, para isso, o último algarismo à direita seja zero (Tabela 26.4).

Intervalos numéricos — A grafia de intervalos numéricos no corpo da tabela deve ser feita usando a palavra de ligação “a” (Tabela 26.9) ou, opcionalmente, traço de ligação (–), sem espaço. Não confundir traço de ligação (também chamado de meia-risca ou meio-traço) com travessão (—) nem hífen (-).

Exemplo:

“50 a 150” (ou “50–150”).

Atenção

É importante que a opção de grafia seja usada de forma padronizada em todas as tabelas de uma mesma obra contendo intervalos numéricos no seu corpo.

Tabela 26.9. Valores médios de profundidade efetiva de raízes (Z), coeficiente de cultivo (Kc), tensão-limite de água no solo (Ts) e recomendação geral para a irrigação de uma cultura hipotética, conforme seu estádio de desenvolvimento.

26.1.3.2 Informações textuais

Textos contidos no corpo da tabela devem ser curtos e concisos e iniciados com letra maiúscula. Se a célula contiver apenas uma frase (uma palavra, expressão, termo ou uma única oração), esta deve ser preferencialmente encerrada sem ponto-final (Tabelas 26.2 e 26.9). Mas se a célula contiver uma sequência de frases (parágrafo), todas devem ser encerradas com ponto-final, inclusive a última. Em todos os casos, deve-se manter a padronização de pontuação na coluna da tabela (Tabela 26.10).

Tabela 26.10. Exemplos de famílias de insetos parasitoides da ordem Hymenoptera, com indicação da forma de vida e uso em controle biológico.

O uso de siglas e abreviaturas deve ser evitado; se isso não for possível, deve-se desmembrá-las no título ou em nota de rodapé da tabela, mesmo que já tenham sido desmembradas no corpo do texto.

Nomes científicos também devem ser apresentados por extenso (ou seja, na forma não abreviada) na primeira aparição em cada tabela.

26.1.3.3 Datas

Datas em células sem texto no corpo da tabela devem ser indicadas como orientado a seguir.

Dia, mês e ano — Grafar a data completa com algarismos arábicos (à exceção do primeiro dia do mês, que será sempre grafado em ordinal: “1º”), separados por barras oblíquas (“/”).

Exemplos:

2/5/2019
12/11/2020
1º/4/2021

Dia e mês — Grafar o dia em algarismos arábicos (à exceção do primeiro dia do mês, que será sempre grafado em ordinal: “1º”) e o mês por extenso (inicial minúscula), separados por barra oblíqua (“/”). Se não houver espaço, pode-se adotar a forma abreviada em inicial minúscula (exceto “maio”, que deve ser escrito por extenso — ver seção 32.2).

Exemplos:

13/novembro (ou 13/nov.)
1º/junho (1º/jun.)
5/maio

Atenção

Algarismos arábicos, incluindo aqueles envolvendo data, não devem ser antecedidos de zero.

Mês — Grafar o mês por extenso (inicial maiúscula apenas se for o primeiro elemento da célula). Se não for possível, pode-se adotar a forma abreviada, (exceto “Maio”, que sempre deve ser escrito por extenso — ver seção 32.2).

Exemplo:

Outubro (ou Out.)

Mês e ano — Grafar o mês por extenso (com inicial maiúscula apenas se for o primeiro elemento da célula) e o ano em algarismos arábicos, separados por barra oblíqua (“/”). Se não houver espaço, grafar em sua forma abreviada (exceto “Maio”, que deve ser escrito por extenso — ver seção 32.2).

Exemplo:

Fevereiro/2019 (ou Fev./2019)

Intervalo de datas

Para a grafia de intervalos de datas, deve-se usar a palavra de ligação “a” (ou, opcionalmente, traço de ligação apenas para intervalo de anos).

Exemplos:

Julho a novembro (ou Jul. a nov.)
Setembro/2020 a fevereiro/2021 (ou Set./2020 a fev./2021)
2010 a 2020 (ou 2010–2020)

Observe-se que intervalo de anos é diferente da indicação de ano agrícola ou safra, para a qual deve-se usar barra oblíqua (por exemplo: “2010/2011”).

Atenção

É importante que a opção de grafia de datas seja usada de forma padronizada em todas as tabelas de uma mesma obra.

26.1.3.4 Células em branco

As células do corpo da tabela não podem ficar em branco. Caso não contenham informações numéricas ou textuais, elas devem ser preenchidas com sinal convencional (IBGE, 1993), da seguinte forma:

  • Três-pontos (...) quando a informação numérica ou textual não estiver disponível (por ser desconhecida, perdida ou não apurada).
  • Meio-traço (–) quando não se aplica comunicar informação numérica ou textual (por ser inexistente, irrelevante, redundante, dispensável à análise, etc.).

Os sinais acima convencionados devem ser explicados por meio de nota geral (ver seção 26.1.4), utilizando-se as seguintes expressões: “Três-pontos (...): informação não disponível” e “Traço (–): informação não aplicável”, sempre seguida de ponto-final, conforme exemplificado na Tabela 26.11. Para casos específicos, pode-se usar sinais adicionais, desde que explicados em nota geral.

Tabela 26.11. Valores médios de coeficientes de cultura (Kc) ajustados para os estádios de desenvolvimento de uma cultura hipotética irrigada por aspersão, gotejamento e sulco em sistemas de plantio convencional e direto na palhada.

Atenção

Não confundir meio-traço (–) com hífen (-) nem com travessão (—).

26.1.4 Notas

Em tabela, frequentemente, é preciso recorrer ao uso de notas para melhor esclarecer ou complementar informações nela apresentadas. As notas, que podem ser dos tipos numerada, de significância estatística, geral e de fonte bibliográfica, devem ser dispostas no rodapé da tabela (e não da página), na seguinte ordem (que não deve ser alterada):

  • Nota numerada.
  • Nota de significância estatística.
  • Nota geral.
  • Nota de fonte bibliográfica.

As notas devem ser grafadas em fonte regular (sem negrito) e finalizadas com ponto-final. O tamanho da fonte das notas deve ser o menor entre todas as fontes usadas nos demais elementos da tabela; em regra, deve ser de 7 ou 8 pontos. Em uma obra, as notas para todas as tabelas devem ter o mesmo tamanho de fonte.

26.1.4.1 Nota numerada

A nota numerada contém informações de caráter específico relacionadas ao título, cabeçalho, coluna, linha e/ou qualquer dado ou conteúdo de uma célula específica da tabela. Esclarece também siglas e abreviaturas, mesmo as criadas por limitação de espaço ou inviabilidade técnica de se inserir as informações por extenso no corpo da tabela.

Essas notas devem ser numeradas consecutivamente em cada tabela, conforme sua ocorrência seguindo a ordem de leitura da esquerda para a direita a cada nova linha. As notas têm numeração própria e independente da numeração das demais notas do texto da publicação (Tabela 26.12).

A chamada da nota numerada pode ser inserida no título, no cabeçalho ou no corpo da tabela e deve ser sempre com algarismo arábico sobrescrito entre parênteses, à direita do número, palavra, termo ou informação a ser explicado, sem espaço.

A nota numerada entra no rodapé da tabela, iniciando com algarismo arábico sobrescrito entre parênteses. Em seguida, com um espaço (sobrescrito), deve iniciar o texto descritivo, que deve ser finalizado por ponto-final.

Cada nota numerada deve estar preferencialmente em linha própria (uma nota por linha, como na Tabela 26.12). A depender das opções de formatação, as notas numeradas podem ser apresentadas em linha contínua. O importante é manter um padrão dentro de cada publicação.

Tabela 26.12. Produtividade, incidência de frutos podres e brocados e severidade máxima de oídio (causado por Leveillula taurica) e requeima (causada por Phytophthora infestans) em genótipos de uma espécie vegetal hipotética.

26.1.4.2 Nota de significância estatística

A nota de significância estatística é usada para indicar os resultados dos testes de significância.

Em publicações da Embrapa, os símbolos “*”, “**”, “***” (significativo a 5%, 1% e 0,1% de probabilidade, respectivamente) e “ns” (não significativo) são de uso exclusivo para identificar notas de significância.

A chamada da nota de significância deve ser com o respectivo símbolo sobrescrito à direita do número a que faz referência, sem parênteses nem espaço. Quando a célula for ocupada apenas com o símbolo de significância, ele não deverá estar sobrescrito.

A nota de significância entra no rodapé da tabela, iniciando com o respectivo símbolo de significância (“*”, “**”, “***” ou “ns”) sobrescrito e sem parênteses. Em seguida, com um espaço, deve iniciar o texto de explicação, sempre finalizando por ponto-final (Tabela 26.13).

A depender das opções de formatação, as notas de significância podem ser apresentadas no rodapé em linha contínua (Tabela 26.13) ou em linhas próprias (uma nota por linha). O importante é manter um padrão dentro de cada publicação.

Tabela 26.13. Correlação bivariada de Spearman entre os valores médios dos fluxos de óxido nitroso (N2O) e das variáveis químicas e físicas do solo avaliado.

26.1.4.3 Nota geral

A nota geral é usada para registrar observações gerais (breves e objetivas) para esclarecer ou conceituar conteúdo adicional da tabela. Deve ser usada somente quando necessária, pois comumente as observações podem ser incorporadas ao título da tabela ou ao próprio corpo do texto, junto à chamada da tabela.

Diferentemente da nota numerada, a nota geral não deve ser chamada nem no título nem no corpo da tabela.

A nota geral entra no rodapé da tabela, diretamente com o texto descritivo, e é finalizada por ponto-final. Cada nota geral deve estar em linha própria e, em geral, não é precedida por termo específico (como “Nota:” ou “Obs.:”) (Tabela 26.11).

A nota geral também é usada para indicar testes estatísticos de comparação de médias. Assim, a informação sobre o teste entra como nota geral no rodapé da tabela. No corpo da tabela, as letras (relativas ao resultado do teste) entram à direita dos valores numéricos, adotando-se espaço entre o último algarismo e a primeira letra, mas sem espaço entre as letras (se houver mais de uma) após um mesmo número (Tabela 26.12).

26.1.4.4 Nota de fonte bibliográfica

A nota de fonte deve ser usada sempre que a tabela ou os dados/informações que nela constam já tenham sido publicados anteriormente. Na nota de fonte, é informada a fonte bibliográfica (que deve constar na lista de referências da obra), sem qualquer tipo de chamada no título ou no corpo da tabela.

Atenção

Se a tabela nunca foi publicada e se for do próprio autor do texto, não se faz citação da fonte.

A nota de fonte entra no rodapé da tabela, sempre em linha própria. Deve ser precedida pela palavra “Fonte” (em fonte regular e com inicial maiúscula), seguida de dois-pontos. Em seguida, deve constar a citação bibliográfica (segundo as mesmas normas usadas para citações no texto — ver seção 36.1), finalizada por ponto-final. Caso o conteúdo e/ou a forma de apresentação de dados/informações que constam na tabela tenham sofrido modificações, deve-se acrescentar, após “Fonte:”, a expressão “Adaptado de” (com inicial maiúscula e no masculino singular) e, em seguida, a(s) citação(ões) da(s) obra(s) utilizada(s) (Tabela 26.13).

26.2 Diagramação e alinhamento

26.2.1 Diagramação

Na elaboração e diagramação de tabelas, deve-se considerar as seguintes regras gerais:

  • Não usar fios/traços verticais nas colunas, nem para fechar as bordas laterais da tabela.
  • Para separar os elementos centrais da tabela (cabeçalho + corpo) dos demais elementos (topo e rodapé), recomenda-se usar fios/traços horizontais e/ou variações no tom da cor de fundo dos elementos centrais (sempre seguindo a cor-padrão do projeto gráfico/capa).
  • Para separar internamente os elementos centrais da tabela (cabeçalho e corpo), recomenda-se usar fios/traços horizontais e/ou variação no tom da cor de fundo do cabeçalho (sempre seguindo a cor-padrão do projeto gráfico/capa).
  • Dependendo do projeto gráfico, pode-se usar fios/traços horizontais no corpo da tabela, desde que sejam reticulados e discretos, e/ou usar cor de fundo nas linhas.
  • As colunas devem se localizar o mais próximo possível umas das outras para facilitar a comparação dos dados.
  • Sempre que possível e a depender do projeto gráfico, a largura total da tabela deve ser igual à da mancha gráfica da página.
  • Se a tabela tiver um tamanho, em número de linhas, que não excede uma página, não se deve dividi-la, mesmo que isso signifique inseri-la alguns parágrafos depois de sua primeira chamada. O propósito é garantir a leitura da tabela inteira sempre que possível.
  • Se a tabela ultrapassar, em número de linhas, uma única página, ela continuará na(s) página(s) seguinte(s). Para isso, fecha-se a tabela com fio/traço horizontal e escreve-se, sem negrito, no seu canto inferior direito “Continua...”. Na página seguinte, inicia-se com a palavra “Tabela”, com o respectivo número e ponto (em negrito e sem repetir o título), seguidos da palavra “Continuação.” (sem negrito e com ponto-final). Repete-se somente o cabeçalho da tabela.
  • Se a tabela ultrapassar, em número de colunas, a largura da mancha, ela poderá ser disposta no sentido vertical da página (com leitura de baixo para cima). Na página ímpar, o topo da tabela ficará do lado da margem interna. Na página par, o topo ficará do lado da margem externa.

26.2.2 Alinhamento

No alinhamento dos identificadores de coluna (no cabeçalho da tabela), deve-se proceder como indicado a seguir:

  • Primeira coluna — O nome do identificador da primeira coluna deve ser alinhado à esquerda.
  • Demais colunas — Os nomes dos identificadores das demais colunas podem ser alinhados à esquerda ou de forma centralizada, devendo-se adotar, para cada identificador, o alinhamento que estabeleça uma relação mais harmônica com a disposição das informações na respectiva coluna (Tabelas 26.1 a 26.13).

No alinhamento de informações nas células da primeira coluna do corpo da tabela, deve-se proceder como indicado a seguir:

  • Números — O alinhamento dos números deve ser feito, no caso de números inteiros, pelo último algarismo (um abaixo do outro) ou, no caso de números decimais, pelas vírgulas (uma abaixo da outra), mas o conjunto de números deve ser posicionado junto à margem esquerda da coluna (Tabela 26.3).
  • Informações textuais — O alinhamento de informações textuais, incluindo termos em geral, deve ser feito à esquerda (Tabelas 26.1, 26.2 e 26.6 a 26.11).

No alinhamento de informações nas células das demais colunas do corpo da tabela, deve-se proceder como indicado a seguir:

  • Números de uma mesma variável (portanto, com unidade de medida igual) posicionados na mesma coluna — O alinhamento dos números na coluna deve ser feito, no caso de números inteiros, pelo último algarismo (um abaixo do outro) (Tabela 26.6) ou, no caso de números decimais, pelas vírgulas decimais (uma abaixo da outra) (Tabela 26.12).

    Atenção

    Valores decimais de uma mesma variável devem ter o mesmo número de casas decimais depois da vírgula (ver seção 26.1.3.1).

  • Números de variáveis distintas (portanto, com diferentes unidades de medida) posicionados na mesma coluna — O alinhamento preferencial dos números (tanto inteiros quanto decimais) na coluna é o centralizado (Tabela 26.14).

    Tabela 26.14. Fatores adicionais considerados na análise de viabilidade econômica de sistemas de irrigação para uma cultura hipotética.

  • Informações textuais — O alinhamento na coluna deve ser, preferencialmente, à esquerda (Tabelas 26.9 e 26.10).
  • Elementos distintos posicionados na mesma coluna — No caso de elementos com características distintas (por exemplo, números, termos, códigos, símbolos e sinais), o alinhamento preferencial na coluna deve ser o centralizado (Tabela 26.13).

26.3 Chamada e disposição no texto

Para a chamada e disposição de tabelas no corpo do texto, deve-se considerar as seguintes regras gerais:

Chamada — As tabelas devem ser chamadas no corpo do texto, segundo sua ordem sequencial, indicando-se a palavra “Tabela”, sempre com inicial maiúscula, e seu respectivo número (por exemplo, “Tabela 1”). As chamadas podem vir entre parênteses ou integrar o texto e não devem ser grafadas com nenhum elemento de destaque (negrito, itálico, cor, tamanho de fonte, etc.) em relação ao restante do texto.

Exemplos:

No período de 2010 a 2020, a produtividade média de frutos aumentou de 46 para 92 Mg ha-1 (Tabela 21).

Conforme indicado na Tabela 22, a maior taxa de crescimento de plantas ocorreu entre 30 e 45 dias após a germinação.

Quando houver chamadas referenciando várias tabelas simultaneamente, não é necessário repetir a palavra "Tabela" para cada uma delas — adota-se “Tabelas” e os números das tabelas ou o intervalo dos números das tabelas.

Exemplos:

O número, o tamanho e a produtividade de frutos das cultivares responderam de forma quadrática às doses de nitrogênio (Tabelas 23, 24 e 29).

Como mostram as Tabelas 31 a 34, os genótipos apresentam respostas especificas a indução de embriogênese somática.

Disposição — As tabelas devem ser inseridas depois e o mais próximo possível do parágrafo em que constar sua chamada no texto (da primeira chamada, se houver mais de uma).


Todos os direitos reservados: A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).